Primeiro ato contra a copa do mundo acaba com 148 prisões ilegais durante o aniversário de São Paulo.

O ato foi organizado através das redes sociais e contou com diversas organizações populares: estudantes, anarquistas, putas, punk’s, a população preta, pobre, trabalhadora/es, os pares da rua e quem mais a compartilhasse o mesmo pensamento e questionamento referente aos investimentos não consulta popular para tal realização do evento patrocinado pela FIFA.
A concentração do ato foi marcada para as 17h no vão livre do Masp (Museu de arte de São Paulo), em direção ao centro, desceu pela Av. Brigadeiro Luiz Antônio e seguiu pela faculdade de direito no largo São Francisco. Ao proteger uma loja do Mc Donald’s os policiais foram alvejados, foi nesse momento que iniciaram-se as repressões com balas de borracha e gás lacrimogêneo, a manifestação dilui-se em 3 grupos, começaram as ações diretas e a perseguição policial endureceu.
Prisões arbitrárias ocorrem na região da Pça. da República, Av. Consolação e Pça. Roosevelt, o restante dos manifestantes que correram para a Rua Augusta foram severamente reprimidos com mais bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, somada a tática de encurralamento, uma verdadeira caça as bruxas, muitos se refugiaram dentro de prostíbulos, pubs, bares, hotéis e casas de show, porém os que se refugiaram no hotel Lindson foram presos por volta das 21h30 pelo batalhão da tropa de choque, que disparou balas de borracha dentro do hotel. Os policiais que participaram desta ação não estavam devidamente identificados.
Durante a manifestação diversas agências bancárias foram destruídas e incendiadas, assim como diversas lojas; muitas viaturas policiais foram destruídas e carros queimados; 148 prisões efetuadas; imprensa ferida por estilhaços de bomba; um fusca incendiado e um jovem baleado.
Os manifestantes detidos foram levados para o 78º DP e por volta das 3h quase todos estavam liberados.

Podemos afirmar que neste dia 25/01/2014, o Capital sofreu danos significativos, mas nada comparado ao tamanho do descaso estatal cotidiano perante as demandas sociais que não são atendidas. Os altos investimentos nos estádios são inaceitáveis para as pessoas que sentem na pele esse descaso.
ESCLARECIMENTOS:
A mídia corporativista burguesa anunciou repetidas vezes que um fusca
foi incendiado pelos manifestantes, porém, foi o motorista que passou por cima de uma barricada em chamas, adeptos a tática Black Bloc ajudaram o motorista e sua família a deixarem o veículo, que a esta altura, já se encontrava em chamas.
A mídia corporativista burguesa anunciou que os internautas se
solidarizaram com o caso, realizando uma arrecadação virtual, porém a
mesma foi iniciativa dos próprios manifestantes.
Toda a solidariedade a FABRÍCIO PROTEUS CHAVES (estudante)
que foi baleado por dois tiros no peito e um na virilha, os disparos foram
efetuados por policias militares, o jovem sofreu cirurgia e se encontra
em estado grave na UTI da Santa Casa.
Manifestantes fizeram um ato de vigília em sua homenagem em frente a
Santa Casa.
Toda a solidariedade a Sérgio Silva (fotografo), Vitor Araujo (mídia independente) e todas as vitimas que sofrem a repressão cotidiana do estado e seus representantes!
Video Reportagem: Guilherme Rocha
Cinegrafistas: Vina
Edição: Guilherme Rocha
Trilha Sonora: Guilherme Rocha
Redação: Vina e Guilherme Rocha
Entrevistados:
Lucio – Técnico em museu
Lucas – Auxiliar financeiro
Luciana – Professora Educação Física
Albert – Estudante
Luiz – Professor
Inês – Cozinheira
Marcos – Estudante
#Não Vai Ter Copa #Nem Eleições #Morte ao Estado
(A)