Rebelar-se contra um/umha mesmx.

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La sociedad…

Domina a los hombres por los hábitos, por las costumbres, por la masa de los sentimientos y de los prejuicios tanto de la vida material como del espíritu y del corazón, y que constituye lo que llamamos la opinión pública. Envuelve al hombre desde su nacimiento, lo traspasa, lo penetra, y forma la base misma de su existencia individual. […]

Resulta que para rebelarse contra esa influencia que la sociedad ejerce naturalmente sobre él, el hombre debe rebelarse, al menos en parte, contra sí mismo.

Dios y el Estado – MIJAÍL BAKUNIN

Algumha vez pensaches o porquê de que comas ums animais e outros nom? O porquê de que tenhas ums certos valores e o porquê de ser como és? Eu sim, moitas vezes. Cada certo tempo rebelo-me contra mim mesma, e doe moito, nom importa as vezes que o faga. Esses períodos nos que me ódio a mim mesma por ser como som, por ser débil, no que me canso do mundo e da sociedade atual. Esses dias nos que o pessimismo apodera-se de mim e da minha motivaçom e até o mínimo me afunde. Até o mais mínimo. A consciência passa a questionar todos os teus atos, todos os teus ideias, os teus valores, questiona todo, nada lhe importa porque és a merda mais grande deste mundo. Intentas flutuar e afondas mais. Moves os braços intentando avançar e nom o consegues, nada há na escuridade. Até que  entre toda a merda aparece um raio de sol e avanças quando umha nuvem tapa o raio e volves afundir. Loitas por atopar-te entre tanta merda. Quem som? Que quero? Que vou fazer? Vou conseguer o que tanto quero? É possível cambiar esta sociedade corrupta e liberar a todos os escravos? Por que as pessoas nom atuam ante as injustiças? Que será do galego? Cada dia morrem pessoas por fame e miseria, e eu que fago? Como acabo com isto? Etc…

Nesse vazio existencial segues remando, nom queres afundir, queres loitar, e pouco a pouco sobes à superfície. Pouco a pouco a consciência calma-se porque enfrentaches os teus problemas interiores para poder solucionar os exteriores. Quando superas isto és um pouco mais forte. É um passo adiante na procura dum/dumha mesmx.

O mais importante é nom render-se ante os problemas e nom perder-se a si mesmx. Porque inda que nom saibas como continuar, o importante é faze-lo, inda que te atopes numha completa escuridade.

Para poder superar esta etapa deves cambiar de mentalidade e de perspectiva. Loita pelos teus ideais e pelos teus sonhos. Se queres algo de verdade, loita, inda que isso suponha dar a tua vida. Porque se abandonas os teus sonhos e ideias serás um morto em vida, e nom há nada mais triste que isso. Assim que rebela-te contra o destino. Nega-te a aceitar que vas afondar e nega-te aceitar as injustiças e o futuro que nom che gosta, cambia-o, nada é impossível.

Nom deixes que ninguém che diga que deves fazer coa tua vida. Nom deixes que te condicionem por ser mulher. Nom sejas sumisx. Nom deixes que a sociedade te manipule, pensa por ti mesmx e forma os TEUS principios. E quando fagas algo tes que estar segurx de que é o que realmente queres. Nom te autoenganes. Destrue os limites. Questiona tudo. Abre os olhos.

Isto é o que eu considero rebelar-se contra um mesmo. Rebelar-se contra os mesmos princípios que seguramente nos impuseram sem dar-nos de conta. Rebelar-se e questionar todo o que considerávamos inquestionável.

https://plumaepynndwem.wordpress.com/2014/12/27/rebelar-se-contra-um-mesmo/